terça-feira, 15 de março de 2011

http://pensador.uol.com.br/colecao/raffaellpaiva/

"Quando eu era criança não queria crescer porque achava todos os adultos chatos e monótonos. Com o passar do tempo percebi que o que sentia era na verdade uma inveja inconsciente, eu queria ser livre para fazer de tudo sozinho. Quando tive consciência disso, ainda era apenas um adolescente, cheio de desejos e utopias, foi daí que veio a revolta. Depois de uns anos de castração virei o típico adulto frustrado. Já podia ser livre, fazer o que sempre desejei e finalmente ser feliz... No entanto, a única coisa que faço é reclamar de tudo e culpar o mundo. Mas no fim das contas, escrevendo isto, percebo: A culpa é toda minha!"

quinta-feira, 10 de março de 2011

Texto escrito a 5 anos atrás, para um grande amor perdido.


Eu não queria você longe de mim
Sinto sua falta sozinho, em silêncio
Queria tê-lo comigo novamente
E poder dizer adeus num abraço
O que sinto não fez o mundo parar
Embora minha vida tenha congelado
E em um suspiro tudo acabou
Fiquei esperando por sua volta
Por um simples pedido de perdão
Pensei que você gostasse de mim
Mas você deixou que tudo acabasse
E hoje tento seguir com minha vida
Desejando matar a sua ausência
Beijando outras bocas, no frio
Querendo provar que sou forte
Coisa que nem eu mesmo acredito
É difícil ser feliz desse jeito
Sem você pra me fazer sentir
Esse amor que parecia não acabar
Essa dor que jura ser infinita
E tudo aquilo permaneceu calado
Seus olhos se fecharam mais uma vez
E aos prantos eu desejei com força
Que aquela não fosse à última vez
Pois não se explicava o que eu sentia
Era tão mórbido o seu olhar
Que até parecia o fim de tudo
O último suspiro de minha vida
A última lágrima que faltava cair
E finalmente me vi sem você
Não era uma boa sensação, eu garanto!
Mas o que havia restado de mim?
Um corpo mecânico sem nenhuma vida
Um ser humano dilacerado pela dor
Ao te ver nos meus sonhos sorrindo
Sinto voltar todo o meu amor
Penso que aquilo vai ser eterno
Mas logo algo me faz chorar
Ouço sua voz dizendo adeus
Perfurando meu peito com dor
São de sangue as minhas lágrimas
E é triste a minha realidade
Você já saiu da minha vida
Mas eu achava que iria voltar
Hoje eu te espero bem quieto
Tento buscar teu rosto no ar
Olho pro céu e lembro da gente
Sorrisos e lábios entrelaçados
Momentos que não mais terei
Páginas que vou tentar arrancar
De um amor que não se esquece.

terça-feira, 8 de março de 2011

O Silêncio da Escuridão

"Se eu pudesse descrever o azul do céu,
Com a mesma intensidade da minha dor,
Talvez pudesse entender o segredo,
O verdadeiro significado da vida,
Pois hoje o que sinto é apenas um vazio,
Escondido por entre as linhas deste poema.

No anonimato da minha existência,
Sinto seus olhos fechados a me procurar,
Mas o que vejo são apenas trevas,
E eu nunca vou entender o que é o amor,
Se você continuar a fugir dele também.

Um dia todos vão entender comigo,
O que eu sempre tentei omitir,
Só que a grande verdade sobre você,
É que talvez você nem exista,
E é isso que venho tentando anular.

Prefiro continuar na estrada a sua procura."