quarta-feira, 23 de novembro de 2011

COM UM BEIJO



Gostaria de sentir você comigo agora
O tempo passa e eu não esqueço
Que ao seu lado pude ser eu mesmo
Como em uma nudez pura
Sob olhos de casta lembrança

Pecados são aqueles não ditos
Pois o que vejo são prisões
Falta de vontade de ser natural

Aos poucos vejo você mais distante
Este jogo parece consumir meu sangue

Sinto falta do meu particular
Pois não consigo sentir a realidade
Já que a mim só restam mentiras
Uma falsidade controvertida
Uma luz desperdiçada de manhã

Aquele brilho no olhar parecia algo
Será que o amor consegue ser bifurco?
A lucidez não me ensinou a fingir
Apesar da minha falta de vergonha
Fiz de tudo para ficar estático
 Mas o que seria do amor sem a entrega?
Apenas um conceito autodestrutivo

A melódica discordância dos sentidos
E o repúdio da carne ao pensar em você
Entrelaçado por meio a pernas estranhas
Desistiria deste plano ao acaso
Mas agora há mais cartas na mesa
Imponho-me a retroagir sobre o ciúme
Pois é devagar que se consegue a calma

Precisavamos conversar hoje
É natural pensar em um fim
Mas é questionável um detalhe,
Será o fim o nosso começo?
Ou apenas o início do adeus?
Não preciso de sua dúvida agora
Apenas responda meu “sim” com um beijo.

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